quinta-feira, 14 de julho de 2011

Trabalhador demitido injustamente adquiri o direito de participar do processo eleitoral da CIPA

CIPEIRO demitido na carecia METSO BRASIL  conquista o direito de concorrer a eleição da CIPA na empresa, pedimos o apoio de todos os companheiros da METSO que votem neste companheiro, é inaceitável a história recente da mesma com os acontecimentos de setembro e outubro de 2008 ainda não ter entendido o verdadeiro papel da "CIPA",  e tentar retalhar as lideranças comprometidas com a segurança no local de trabalho.
 Será que a Filandia onde é a sede da empresa tem conhecimento destes fatos?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Empresa é notificada pela Justiça por proibir a entrada de dirigentes sindicais em suas dependências

Aconteceu e foi no Brasil, mais precisamente em Florianópolis. Uma empresa de origem belga, a Tractebel, havia dez anos não deixava dirigentes sindicais entrarem no local de trabalho.
Isso é prática antissindical, que deveria ser objeto de uma lei específica no Brasil (que infelizamente ainda não existe).
Também é uma forma de ajudar na sobrevivência de sindicatos que nada fazem pelo trabalhador – já que as empresas, ao manterem os sindicatos apenas do lado de fora, tornam-se cúmplices de um sindicalismo arcaico, de gabinete.
Daí a necessidade de adotarmos a Convenção 87 da OIT, que garante liberdade e autonomia sindical, além de uma lei contra práticas antissindicais.
Que fique claro: os patrões, ao agirem como o Tractebel, ajudam os sindicatos que vivem pendurados no imposto sindical.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Começa Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT

Metalúrgicos aprovam bandeiras da Campanha Salarial na Plenária Estatutária - crédito: Zé Alfredo
Cerca de 200 sindicalistas filiados aos 14 sindicatos metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP aprovaram na manhã deste sábado, 9, em Plenária Estatutária da Federação as principais reivindicações que nortearão a Campanha Salarial do ramo neste segundo semestre. A Plenária aconteceu na sede da FEM-CNM/CUT, em São Bernardo do Campo.
Os metalúrgicos da CUT reivindicarão a reposição integral da inflação com aumento real no salário; a valorização nos pisos; a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias; a Organização no Local de Trabalho por meio dos Comitês Sindicais por Empresa (CSE); a redução na jornada de trabalho de 44h para 40h, sem redução no salário, e a melhoria e ampliação dos direitos sociais. “O cenário econômico é bom, mas diferente do ano de 2010. Mas como em todos os anos, sempre conquistamos bons acordos graças ao nosso poder de organização e mobilização. Somos uma categoria referência no País e nesta Campanha lutaremos para avançar no direitos sociais e manter os ganhos reais conquistados nos últimos anos”, explica o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro).
Biro destacou que o reconhecimento da Organização no Local de Trabalho (OLT) é uma das principais bandeiras. “No nosso ramo, os CSEs iniciaram em 1999 no ABC e hoje expandimos para Sorocaba, Taubaté e Salto. Queremos ampliá-los em toda a nossa base porque os Comitês têm sido responsáveis pelo aumento do diálogo social nos locais de trabalho e pelo crescente estabelecimento de acordos e soluções de conflitos nas empresas”, relata.
Na base da FEM-CUT/SP, cerca de 175 empresas já possuem essa representação sindical, em caráter permanente. O ramo metalúrgico cutista já apresentou ao governo federal uma proposta que visa a regulamentação dos CSEs no País por meio de uma legislação específica. “O direito dos trabalhadores de se organizarem no local de trabalho é uma grande luta e bandeira permanente para nós”, concluiu.
Plenária Estatutária da FEM-CUT/SP - crédito: José Alfredo
Assembleias e Lançamento
No período de 11 a 17 de julho, os 14 sindicatos metalúrgicos filiados realizarão as assembleias nas bases para apresentar a pauta aprovada na Plenária Estatutária da FEM.
A Federação Metalúrgica cutista fará o Ato de Lançamento da Campanha, no dia 21 de julho, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Nesta data, os presidentes da Federação e dos sindicatos filiados entregarão as pautas de reivindicações para os representantes das sete bancadas patronais (ver boxe abaixo-base FEM).
Uma novidade é que neste ano a FEM não negociará com o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), mas com um Grupo de Montadoras, formado por Mercedes Benz, Ford, Scania, Toyota e Volkswagen.
Principais reivindicações aprovadas na Plenária Estatutária da FEM-CUT/SP
Reposição integral da inflação;
Aumento real no salário;
Valorização nos pisos salariais;
Licença Maternidade de 180 dias;
Ampliação nos direitos sociais;
Organização Sindical no Local de Trabalho;
Jornada de 40h semanais, sem redução no salário.
Base FEM-CUT/SP
A FEM-CUT/SP tem 14 sindicatos metalúrgicos filiados, que representam 250 mil trabalhadores em todo o Estado. A data-base é 1º de setembro. A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos);
Fundição;
Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros);
Grupo 9 (antigo G10 - reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros).
Total: 250 mil metalúrgicos em todo o Estado

Sindicalistas e Montadoras querem ampliar o modelo de negociação sindical

Da esquerda para direita: Nilton (VW), Sérgio, Biro, Isaac e Erick durante coletiva à imprensa - crédito foto: Mídia Consulte
Cerca de 55 sindicalistas e representantes das montadoras do ABC paulista (Fiat, GM, Volkwagen, Toyota e Ford) iniciaram na segunda, dia 11, um debate sobre a competitividade e o futuro da indústria automobilística brasileira na base da FEM-CUT/SP, na sede da entidade, em São Bernardo do Campo. Promovido pela FEM-CUT/SP em parceria com a Fundação Vanzolini (ligada à USP), o evento que termina nesta terça, dia 12, tem como finalidade ampliar o modelo de negociação existente entre os sindicatos metalúrgicos da base da Federação cutista (ABC, São Carlos e Taubaté) e Tatuí (Força) com as montadoras visando incluir temas de interesse comum, tais como: empregos; ações para competir com os importados; novos produtos/plantas; ações governamentais, relações de trabalho com as matrizes entre outros. “Temos um bom diálogo com as montadoras e queremos neste Seminário fomentar esta relação, debatendo a manutenção da qualidade do emprego na nossa base e a valorização da produção da indústria automobilística”, disse o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro).
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, -- sindicato que tem o maior número de trabalhadores nas montadoras cerca de 45 mil – ressaltou que o Seminário também terá como metas fortalecer a base dos trabalhadores e projetar uma indústria forte. “Temos muita preocupação com a indústria nacional, principalmente, com esta questão do aumento das importações. O Seminário “Brasil do Diálogo” e a passeata que reuniu mais de 30 mil metalúrgicos na Anchieta, no último dia 8, são ações que realizamos e agora vamos discutir com a presidenta Dilma medidas para proteger a nossa indústria”, explicou.

Sindicalistas durante o Seminário na sede da FEM-CNM/CUT - crédito da imagem: Mídia Consulte
Brasil competitivo
Com a coordenação da Fundação Vanzolini (boxe dados do setor abaixo), os dirigentes e representantes das Montadoras discutiram na parte da tarde no Seminário propostas para alavancar a competitividade da indústria no País.
O gerente de Recursos Humanos da VW, Nilton Júnior, destacou que é fundamental ter um equilíbrio entre emprego de qualidade e competitividade, que dê maior importância tecnológica. “É fundamental ter competitividade, porque abre espaço para a exportação. Produtos com maior valor agregado impactam positivamente na balança comercial”, disse.
Nesta terça, dia 12, os participantes continuarão as discussões e a ideia é definir um conjunto de ações que contribua na ampliação do modelo de negociação.
Mercado automotivo
Os professores Roberto Marx, Mauro Zilbovicius e Adriana Marotti de Mello da Fundação Vanzolini apresentaram no 1º dia do Seminário dados sobre o mercado automobilístico brasileiro e o cenário macroeconômico, baseados na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O Estado de São Paulo se destaca no ranking nacional da produção de veículos, concentrando 45,4% do mercado; em segundo lugar vem Minas Gerais (24%) e o Paraná registra a terceira posição (10,9%).
Sobre a divisão da produção total de veículos por montadora, os dados de 2010 apontam que a Volkswagen lidera com 34,3%; seguida da Fiat (20,4%), GM (18,8%) e Ford (8,4%).
O aumento da participação de veículos importados nas vendas foi outro indicador apresentado, que mostra preocupação. As vendas passaram de 5,1% (87,9 mil em 2005) para 18,8% (660 mil em 2010).
Segundo ainda o estudo da Fundação Vanzolini, se forem mantidas as condições macroeconômicos atuais, o mercado brasileiro de veículos leves atingirá 6,2 milhões de unidades em 2025 e as quatro grandes montadoras instaladas no ABC que atualmente detêm 82% da produção terão 66%.

Viviane Barbosa, editora do Portal da FEM-CUT/SP

quarta-feira, 6 de julho de 2011

FEIJOADA DO PT

SÁBADO DIA 09/07

Local: Monteiro Lobaro


Horário: 12h

Organização: PT de Sorocaba

“Pauta do desenvolvimento é ganho real de salário”, afirma CUT

10 mil avermelham centro da capital paulista

Escrito por: Tatiana Melin, Alexandre Gamon e Leonardo Severo

Vagner Freitas:
Vagner Freitas: "Vamos realizar as maiores e melhores campanhas salariais do segundo semestre"
Cerca de 10 mil trabalhadores tomaram o centro da capital paulista nesta quarta-feira, 6 de julho, Dia Nacional de Mobilização da CUT, “em defesa de ganhos reais”. Antes do ato, bancários do Itaú Unibanco reagiram às recentes demissões e paralisaram parcialmente os prédios do Ceic e da Patriarca, em protestos que contaram com a participação de 12 mil trabalhadores, que atrasaram o expediente em cerca de três horas.
“Reafirmamos que vamos realizar as maiores campanhas salariais do segundo semestre. Porque a pauta dos trabalhadores é a do desenvolvimento, é aumento real de salário, são políticas de geração de emprego e renda. Foi isso que aprendemos com o governo Lula”, afirmou Vagner Freitas, secretário de Administração e Finanças da CUT. Vagner condenou veementemente o “discurso atrasado” do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que salário é inflacionário. “Segurar salário, demitir e arrochar é a agenda conservadora dos que perderam as eleições, dos neoliberais que arrebentaram a economia”, enfatizou.
A concentração iniciou às 9 horas da manhã em frente à Praça da Sé, logo completamente tingida de vermelho pelos cutistas que chegaram de todas as regiões do Estado, aos que se somaram militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), da Central dos Movimentos Populares (CMP) e da Marcha Mundial de Mulheres.
Nas intervenções das lideranças das Confederações e de Sindicatos, como a de Sérgio Nobre, dos Metalúrgicos do ABC; Juvandia Moreira, dos Bancários de SP e Douglas Izzo, da Apeoesp, a afirmação da necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda, com um Estado forte, defensor de direitos e promotor da justiça social.
No deslocamento dos 100 ônibus de trabalhadores até a capital, muitos puderam sentir no bolso o verdadeiro assalto do novo reajuste dos pedágios do governo estadual, de até 9,77%. Faixas e cartazes denunciavam o governo Geraldo Alckmin pelo abuso e cobravam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Assembleia Legislativa. Presentes ao ato, os deputados estaduais Luiz Cláudio Marcolino, Carlos Grana, Edinho Araújo, Simão Pedro e Adriano Diogo, todos da bancada do Partido dos Trabalhadores, denunciaram as armações feitas pelos tucanos para barrar a instalação da CPI. Representando a bancada federal do PT, o deputado Vicentinho reiterou o compromisso com o combate à precarização das relações de trabalho e denunciou o projeto do deputado Sandro Mabel que, “embora da base governista, tenta promover as terceirizações para retirar direitos”.
Para Maria Fernanda, da Marcha Mundialdas Mulheres, o movimento participa doDia Nacional de Mobilização da CUT, pois a pauta da classe trabalhadora também faz parte da luta das mulherespor melhores condições de vida.Os movimentos sociais unidos é que farão a diferença, enfatizou. “Nós queremos também a redução da jornada de trabalho, pois sabemos que as mulheres sofrem extensas e até mesmo duplas jornadas. Também estamos aqui pela reforma agrária, pois sabemos que o que o campo planta a cidade janta. Estamos aqui para fazermos a luta juntos. E seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, declarou.
Raimundo Bonfim, representante da Central dos Movimentos Populares(CMP), ressaltou as lutas que os movimentos sociais desenvolveramnas décadas de 80 e 90 contra o modelo neoliberal implantado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. “Nós já estivemos juntos no passado, MST, Marcha, CUTeCMP para barrar o neoliberalismo, o FMI, o FHC, a Alca. Nós temos lado nessa luta. Enquanto as outras centrais não se definem, estamos com a CUT, que tem uma ligação histórica conosco”. “Aqui é o começo de uma grande rearticulação que levar as pautas dos trabalhadores adiante”, acrescentou.
Presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, reconheceu a determinação e o compromisso das mais de cem entidades sindicais responsáveis pelo sucesso damobilização realizada pela Centralno estado, que reforça a pauta nacional dos trabalhadores/as. Ele lembrou que para que a agenda seja efetivada, é preciso pressionar o Congresso Nacional. “Não adianta apenas irmos para Brasília, precisamos também estar na base diretamente com os trabalhadores e trabalhadoras. Já vimos que sem pressão nossa luta não avançará no Congresso. Mas a CUT é diferente e se organiza na rua, por isso não descansaremos enquanto a nossa agenda não for cumprida”.
Adi defendeu o fim do imposto sindical, com uma mudança na estrutura sindical e com o direito de organização no local de trabalho, sem a pulverização dos sindicatos, como ocorre. “Hoje temos mais de 18 mil sindicatos, mas muitosestão aí só para receber o imposto sindical, pois não são representativos e não fazem a luta do trabalhador”.
De acordo com Adi, a CUT luta pela “liberdade e autonomia sindical”, defendeque os trabalhadores decidam democraticamente, em assembléia,como irão contribuir com o sindicato. O presidente da CUT-SP reiterou que aCentral intensificaráa campanha pelo fim dessa cobrança compulsória aos trabalhadores.“Nós não temos medo de propor uma negociação em assembleia, pois os nossos sindicatos são representativos, fazem a luta e campanhas salariais vitoriosas”,concluiuAdi.
Vagner Freitas lembrou que “a luta de classes não acabou e que para enfrentar o capitalismo selvagem é preciso que cada entidade faça o seu papel. A CUT investe no movimento de massas, em colocar os trabalhadores na rua, em fazer a disputa de projeto por uma sociedade mais justa, uma sociedade socialista”. Para avançarmos na construção deste novo tempo para a classe trabalhadora e para o Brasil, alertou o dirigente da CUT Nacional, a defesa da educação pública e da reforma agrária são duas medidas imprescindíveis.