domingo, 29 de maio de 2011

Encontro em Genebra pretende fundir três Sindicatos globais

A reunião conjunta dos Comitês Executivos da Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (FITIM), da Federação Internacional de Química, Energia e Minas (ICEM) e da Federação Internacional dos Trabalhadores no Ramo Têxtil (ITGLWF) foi realizada nos dias 25 e 26 de maio na sede da OIT, em Genebra. No encontro, os dirigentes consideraram e adotaram uma série de propostas para trilhar a criação de uma nova federação global dos trabalhadores na indústria e da manufatura.
Membro do Comitê Executivo da FITIM, o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, foi o representante dos metalúrgicos brasileiros no encontro.
As decisões da reunião conjunta ficaram focadas em questões de governança, taxas de filiação, estruturas regionais e setoriais e direitos de voto da nova organização. “Também foi decidido que um grupo de trabalho seria estabelecido para preparar um plano de ação para a nova organização”, disse Sanches.
Se a decisão pela fusão for aprovada pelos dirigentes dos três sindicatos globais, o congresso de fundação da nova entidade acontecerá em Copenhagen, Dinamarca, entre os dias 18 e 20 de junho de 2012.

Com informações da imprensa da CNM/CUT

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Junto com Lula, movimentos sociais vão realizar plenária para fazer deslanchar a reforma política

As centrais sindicais e o ex-presidente Lula, reunidos na manhã desta sexta na sede do Instituto Cidadania, decidiram organizar uma plenária nacional dos movimentos sociais para elaborar propostas para a reforma política. Os partidos de esquerda também serão convidados.
O Instituto Cidadania estará à frente da organização. O objetivo é reunir um grande número de militantes na plenária e fazer o processo de reforma política deslanchar, com propostas que interessam aos movimentos sociais.
O mais importante é que a plenária nos unifique em torno do tema e seja um impulso para uma mobilização constante. Precisamos incluir a reforma política na agenda sindical e debatê-lo junto às bases. O assunto tem de ser popularizado, tornar-se um movimento, para que as propostas de mudança não sejam cosméticas ou prejudiciais aos trabalhadores.
Lula expressou no encontro de hoje a opinião de que o cerne da reforma deve ser o fortalecimento dos partidos políticos e da democracia e o combate à influência do poder econômico.
Partiu dele a ideia de realizar a plenária. A data ainda será definida.
A CUT apresentou, durante o encontro, os principais pontos que defendemos para uma reforma, todos debatidos durante nosso recente seminário sobre o tema:
- voto em lista
-financiamento público de campanha e fidelidade partidária
- garantir proporcionalidade de fato
- democratização das relações de trabalho, o que inclui a ratificação da Convenção 87 da OIT (que garante liberdade e autonomia sindical)
- redefinir o papel do Senado, hoje uma casa revisora (o que na nossa opinião é ruim, pois tolhe a ação da Câmara dos Deputados, e em grande parte das vezes pelo viés conservador)
- regulamentação do artigo 14 da Constituição, aquele que prevê instrumentos de democracia direta como referendos e plebiscitos.

domingo, 22 de maio de 2011

COMEÇARAM AS RODADAS DE NEGOCIAÇÕES NA APEX (Cooper)

Segunda-feira dia 23/05 as 15:00 Hrs, teremos mais uma reunião junto a diretoria para negociarmos o P.L.R. 2011, esta será a 4 reunião, na 1ª definimos agenda e prazo para finalizarmos, na 2ª a empresa se comprometeu de trazer o histórico dos últimos anos e apresentou uma proposta de indicadores e metas, na 3ª pedimos a empresa para que se apresente o peso das metas para assim darmos ínicio ao debate para juntos construirmos um programa com desafios mas atingivel.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Brasil e outros cinco emergentes redefinirão economia global, diz Banco Mundial

Segundo relatório, países emergentes vão crescer em média 4,7% até 2025

O Brasil está incluído em um grupo de seis economias emergentes que, segundo o Banco Mundial, irão redefinir a estrutura econômica global no futuro próximo.
De acordo com um relatório lançado nesta terça-feira, em Washington, até 2025 as economias do Brasil, China, Índia, Rússia, Indonésia e Coreia do Sul vão responder por mais da metade do crescimento global.
"À medida que o poder econômico muda, essas economias bem-sucedidas vão ajudar a conduzir o crescimento em países de baixa renda por meio de transações comerciais e financeiras transfronteiriças", diz o documento.
Segundo o relatório Global Development Horizons 2011 - Multipolarity: The New Global Economy (Horizontes do Desenvolvimento Mundial 2011 - Multipolaridade: a Nova Economia Mundial, em tradução livre), os emergentes vão crescer em média 4,7% até 2025.
Os países avançados, apesar de continuarem a ter um peso importante na economia global, deverão crescer em média apenas 2,3% no mesmo período.
"A rápida ascensão de economias emergentes conduziu uma mudança pela qual agora os centros de crescimento econômico estão distribuídos entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento", disse o economista-chefe e vice-presidente para Economia do Desenvolvimento do banco, Justin Yifu Lin.
"Estamos em um mundo realmente multipolar", afirmou.

Desafios

Para se consolidar como polo de crescimento, no entanto, o Brasil precisa enfrentar desafios, como melhorar o acesso à educação.
"O capital humano é uma preocupação em alguns polos potenciais de crescimento, particularmente o Brasil, a Índia e a Indonésia", diz o relatório.
"Reduzir lacunas educacionais e garantir acesso à educação é central", afirma o Banco Mundial.
Segundo o banco, essas medidas poderiam estimular a adaptação tecnológica doméstica, capacidade de inovação e geração de conhecimento.
De acordo com o relatório, as mudanças no balanço de poder econômico e financeiro terão reflexos em setores como os mercados de investimentos, fusões e aquisições.
"As multinacionais dos mercados emergentes estão se tornando uma força na reconfiguração da indústria global, com rápida expansão dos investimentos Sul-Sul e fluxos de investimentos estrangeiros diretos", disse Lin.
"As instituições financeiras internacionais terão de se adaptar rapidamente."
Segundo o documento, a participação e a influência crescentes de empresas originárias de mercados emergentes nas finanças e nos investimentos globais podem levar à criação de um marco multilateral para regular os investimentos transfronteiriços.

Moeda

O Banco Mundial projeta ainda que, até 2025, o sistema monetário internacional não será mais dominado por uma única moeda.
"Ao longo da próxima década, o tamanho da China e a rápida globalização de suas corporações e bancos deverão significar um papel mais importante para o yuan (a moeda chinesa)", disse o principal autor do relatório, Mansoor Dailami.
"O mais provável é que em 2025 o panorama monetário internacional se caracterize pela presença de múltiplas moedas, com predomínio do dólar, do euro e do yuan", afirmou.
Segundo o Banco Mundial, a maioria dos países em desenvolvimento seguirá usando moedas estrangeiras em suas transações com o resto do mundo.

Fonte: BBC

Juventude metalúrgica participa de Reunião do Coletivo da CUT/SP

Dirigentes da juventude cutista dos ramos metalúrgico, bancário, químico, energético, limpeza e do serviço social (psicólogos) participaram na terça, dia 17, de uma reunião do Coletivo da Secretaria Estadual da Juventude da CUT/SP. A atividade reuniu as Secretárias estadual, Luciana Chagas, e da CUT Nacional, Rosana Sousa. Participaram do ramo metalúrgico, os sindicatos do ABC, Sorocaba, Salto e de Itaquaquecetuba. A assessora da Secretaria da Juventude da FEM-CUT/SP, Dayanna Bastos, participou da atividade.
Luciana apresentou aos dirigentes a realização da Pesquisa “Perfil dos Jovens no Estado” e da Plenária Estadual da Juventude, prevista para agosto.
Estudo e FEM
A Secretária da Juventude da CUT/SP pediu aos dirigentes que contribuam com a realização da nova pesquisa. “Queremos apresentar informações que mostrem a sua formação, mercado de trabalho entre outras informações, para que possamos desenvolver Campanhas que atraem os jovens para a luta sindical. Pedimos aos nossos sindicatos que até o dia 30 de junho nos enviem contribuições sobre os jovens nas suas bases”, disse Luciana.
No 6º Congresso da FEM/CUTSP, realizado em abril, foi criada a nova Secretaria da Juventude. O metalúrgico de Pindamonhangaba, Luciano da Silva (Tremenbé) é o titular da pasta.

O segredo para aumentar a competitividade do Brasil é a elevação de salários, diz analista de Wall Street

A frase é de Michael Hudson, professor de economia na universidade do Missouri (EUA) e analista em Wall Street. Ele fez a afirmação durante palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão que auxilia a Presidência da República.

O professor ataca duramente a lógica rentista que, ao inserir dinheiro falso nas economias nacionais, pretende se apropriar do excedente produtivo dos países através da venda de títulos de outras nações, especialmente as do Norte.

Hudson discorre também sobre o modo como os EUA se endividaram internamente, ao estimular o crédito emitido “contra” casas ou companhias inteiras – a conhecida hipoteca sem fim. Leia este trecho: “a maior parte dos empréstimos da banca comercial simplesmente anexam dívida a activos existentes (acima de tudo, imobiliário e infraestrutura) ao invés de serem investidos na criação de novos meios de produção, ou para empregar trabalho, ou mesmo ganhar um lucro. Os bancos preferem emprestar contra activos já existentes – imobiliários ou companhias inteiras”.

Ora, a compressão da massa salarial da maioria dos trabalhadores dos EUA, somada à cultura consumista daquele país, levou muitos dos assalariados a querer comprar e, frente ao baixo poder de compra dos salários, a colocar seu patrimônio pessoal como garantia para a obtenção de créditos.

Coisas assim levaram o mundo à crise de 2008.

Por isso, recomenda Hudson: “No século XIX o sistema americano de economia política estava baseado, corretamente, na percepção de que trabalho altamente pago é mais trabalho mais produtivo, assim como o trabalho bem-educado, bem alimentado e bem vestido supera o trabalho “paupérrimo”. A chave para a competitividade internacional é portanto a elevação de salários e padrões de vida, não o seu rebaixamento.

Isto é especialmente o caso do Brasil, dada a sua necessidade de elevar a produtividade do trabalho pela melhor educação, saúde e sistemas de apoio social se quiser prosperar independentemente no século XXI.

E se for para elevar o investimento de capital e padrões de vida libertos de serviço de dívida e de preços mais elevados de habitação, o Brasil precisa impedir que o excedente da economia seja transformado num “almoço gratuito” na forma de renda da terra, renda de recursos e renda de monopólio – e salvar este excedente económico de banqueiros que procuram capitalizá-lo em pagamentos de dívida. Isto é melhor conseguido tributando o potencial rentista que transforma o excedente em encargo desnecessário”.